sábado, 19 de dezembro de 2009

INSPIRAÇÃO


Ocorreu-lhe um verso perfeito. “Senão anotá-lo agora”, pensou o poeta, “acabarei esquecendo”. Faltava achar uma caneta. Afoito, saiu pela casa abrindo armários e gavetas.
Logo a encontrou. Não a caneta, mas uma foto.
A brasa da saudade reacendeu-se; o passado se iluminou. Perdeu-se em lembranças.
Despeitada, a Musa foi oferecer seu verso a outro poeta.
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[wgorj]

Um comentário:

Angela disse...

Gostei muito! Prefiro estes textos mais limpos de gírias.