Aos 13 anos, a preferência de uma garota pode significar tudo. Pois não é que a Kelly estava mesmo indecisa entre ele e o Jorginho? A escolha definitiva seria feita ainda naquela noite, durante o baile da escola.
Perdê-la para aquele babaca, jamais! Por isso, encharcou-se de perfume e caprichou no visual. Para arrematar, ensaiou algumas palavras diante do espelho. Sorriu, confiante. O outro não teria chance.
Já de saída, topou com a mãe na cozinha, apoiando-se na parede. Em seu rosto, uma palidez alarmante.
O que tinha?
Em vez de responder, a mãe virou os olhos e, em seguida, desmaiou.
Por sorte, o pai encontrava-se em casa. Da cozinha ajudou-o a colocá-la no carro e foram voando para o hospital.
Horas depois, a mãe teve alta. Nada grave, conforme assegurara o médico. Apenas uma queda de pressão.
Na volta, ao passarem em frente à escola, ele ainda pôde ver os colegas saindo do baile.
Entre eles, a Kelly, seu primeiro amor. De mãos dadas com o Jorginho.
[wgorj]
9 comentários:
É... começamos a perder muito cedo. Parabéns pelos contos, Gorj. Abraço.
Olá,
Somos o Desmanche de Celebridades.
Um blog que apesar de ter nome de site de fofocas,hahahaha,apresenta uma proposta bastante diferente disso. Na verdade a palavra desmanche vem representar a tentativa de desconstrução daquilo que julgamos digno de crítica.
Chegamos até aqui no intuito de divulgarmos o nosso trabalho, pois acreditamos que discutir temas relevantes para nossa sociedade é fundamental.
Temos pesquisado e selecionado blogs muito bons, com pessoas dispostas a discutir e debater problemáticas variadas com a gente.
Prometo voltar em breve para ler e opinar a respeito dos seus textos, como sempre faço nos blogs que sigo.
Abraços.
Wilson amigo. Gostei muito do conto e nem um pouco do título!
Achei pouco apropriado ao tema e à construção do conto,difícil para o menino, mas nem tanto já que a garota não fez, exatamente uma escolha, não foi?
Angela,
Dei ao título a linguagem de um adolescente. É como se ouvíssemos, depois, o personagem comentando o episódio com os amigos. "Mãe é foda". "A vida é foda". "Mulher é foda". Por aqui os garotos usam muito dessa gíria. Aliás, a história foi inspirada numa conversa de adolescentes que ouvi durante o trajeto do ônibus. De qualquer maneira, agradeço os comentários e fico contente que o texto lhe tenha agradado. Nem sempre agradamos em tudo. Isso de literatura, é foda, Angela. É foda.
Abraços
Gorj
É foda! mas já é a primeira lição aprendida na vida, rsrs...
afinal, primeiro amor são todos eles, ou eu sou muito romântica?
bjs
Tem razão Wilson, às vezes sou meio implicante com a linguagem adolescente. Nunca apreciei gírias! E, no meu tempo :D em vez de é foda, diziam: É fogo!
Um tempo bem antes dos BBB, não tão explícito!
Acho que já te falei sobre minha preocupação com tudo que faz a literatura ficar "datada", ainda mais em tempos tão fugidios...
Ah, e quanto Jorginhos aparecerão pelo caminho! E quanto será ele o Jorginho de alguém um dia!
O amadurecimento começa ai.É bom que seja nessa idade pq a dor é menor.
Abraços.
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