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I
Só transava com prostitutas. Na milésima transa, algo espantoso aconteceu. De repente, sentiu o corpo esfriar, mas de tal maneira que sua parceira acreditou tê-lo matado de prazer. O homem não se mexia mais: boca e olhos abertos para o nada.
Acabara de sofrer uma transmutação. Sua pele mudara de textura. Parecia borracha.
No lugar de músculos, apenas ar.
Acabara de sofrer uma transmutação. Sua pele mudara de textura. Parecia borracha.
No lugar de músculos, apenas ar.
II
Desespero. A prostituta sacode o boneco, como se tentasse ressuscitá-lo.
Unhas afiadas. O corpo inflado não resiste.
Dentro dele (ela sente na própria pele) havia mais do que ar.
Unhas afiadas. O corpo inflado não resiste.
Dentro dele (ela sente na própria pele) havia mais do que ar.
III
O estouro atraiu os funcionários do motel.
No quarto, encolhida num canto, encontraram-na em estado de choque.
Das paredes e espelhos escorria um líquido viscoso, nojento.
O corpo da prostituta também era todo esperma.
No quarto, encolhida num canto, encontraram-na em estado de choque.
Das paredes e espelhos escorria um líquido viscoso, nojento.
O corpo da prostituta também era todo esperma.
* * *
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2 comentários:
Bacana, bem escrito, mas nojento, hein?
Gostei mas achei confuso, talvez proposital. Quem era boneco, afinal? ele, ela? ou ambos?
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