Encontrava-se aprisionado. Logo constatou que os
tijolos de sua cela eram livros volumosos, e as grades não eram de ferro, mas,
sim, feitas de palavras, letras estritamente coladas umas às outras. Como
escapar? Arrancou da parede um tijolo, ou melhor, um livro bem grosso. Por
coincidência, abriu a obra bem na página em que alguém dizia: “Conheceis a
verdade e ela vos libertará”. E foi assim que ele arrancou tijolo por tijolo,
leu livro por livro, e quando deu por si, já não havia mais paredes nem grades.
A liberdade soprava em seu rosto.
[gORj]
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