No bote, o náufrago mira o céu: nuvens, gaivotas, o azul. Teme olhar para o lado e rever a enorme barbatana que há horas o acompanha.
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ÁGUAS DO SONO
Sonhou um naufrágio. Sozinha em alto-mar, flutuava amparada aos destroços do navio. Barbatanas à vista, enormes vultos próximo à superfície. Desespero, gritos. Encontraram-na estraçalhada. Os lençóis encharcados de sangue.
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ATIVISTA
Abriram a barriga do tubarão branco. No convés, tripas, plástico... e o que era aquilo? Uma carteira de couro. Dentro, a carteirinha do Greenpeace.
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[gORj]
3 comentários:
Muito bom ver como um mesmo assunto pode ser tratado de formas diversas em microcontos =)
Wilson amigo,
andou tendo pesadelos?
Só faltou lembrar os políticos antigos que também eram chamados de tubarões, mas não é do seu tempo...
Como sempre ótimos seu micro-contos, amigo Wilson, mas o primeiro (nada ao lado)...!!! muito bom.
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