Um deles rompeu o silêncio. Era Pedro.
– Tarde abafada, não acha?
Antes de responder, Felipe tirou o seu remo da água e, colocando-o sobre os joelhos, molhou a mão no rio.
– Um calor desse acaba com a gente – disse, umedecendo a testa.
Na outra ponta da canoa, João permanecia calado: a linha dos olhos lançada para além da margem; o olhar perdido, boiando na superfície das coisas.
– O que há com ele? [leia +]
Um comentário:
Seus contos são bons tenham o tamanho que tiverem. Só percebo, não sei se corretamente, nos contos mais longos encontra-se mais a melancolia e nos curtos a leveza, a graça e as piadas e trocadilhos. um abraço, amigo.
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