segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A VOZ


Na adolescência usava palavras emprestadas para me expressar: a maioria retirada das canções de rock. Raul Seixas, Renato Russo e Humberto Gessinger deram voz aos meus pensamentos e sentimentos. Depois vieram os livros e encontrei novos porta-vozes para minhas angústias e reflexões. Da leitura para escrita, hoje estou encontrando a minha própria voz. Posso contar com minhas próprias palavras para dizer o que penso, sinto e fantasio.
Satisfação maior é perceber que elas têm servido a outras pessoas. Talvez seja este o mistério: quando encontramos nossa própria voz, ela não é mais só nossa, mas de todos.

[gORj]

2 comentários:

O Neto do Herculano disse...

Juntamente com minha voz,
encontrei o silêncio.

Angela disse...

Muito lindo Wilson. É isso aí, quando se é solidário e múltiplo!