COLAR
Reuniu todos os brilhantes momentos que juntos passaram e debruçada na janela puxou o fio de uma nuvem que se esgarçava tecendo um belíssimo colar que tão logo ficou pronto se desprendeu de suas mãos e caiu.
As contas espalharam-se pela paisagem noturna e ficaram por algum tempo ainda cintilando em forma de pequenas luzes.
NOTURNO
O violino, com o fino anzol da música, fisgou a lua no fundo do rio, e a manteve suspensa por alguns compassos.
Na primeira pausa, a lua, sobre a água, derramou-se em prata.
Maria Lúcia Simões,
do livro Contos Contidos.
Um comentário:
femininos, muito delicados!
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