O poeta
sentia-se inspirado. Caminhava veloz. Chegar em casa, escrever, escrever... No
meio do caminho, estancou o passo. Desânimo: perdera a inspiração. Em casa,
deitou e adormeceu. Não longe dali, em outro quarto, alguém não conseguia
dormir. Revirava-se na cama, a cabeça cheia de imagens e analogias. O que fazer
com tanta inspiração? Levantou-se. Pegou caneta e papel. Escreveu, escreveu. Madrugada
adentro, rabiscando, lapidando, riscando versos. A palavra germinando outro poeta.
[gORj]
2 comentários:
Assim me parece ser no mundo das palavras, boiam ou voam esperando que alguém as faça existir enquanto texto.
Muito bom!
Disse, minando ideias!
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