Anoitece. Barulhenta, desliza sobre os trilhos a velha locomotiva, puxando atrás de si inúmeros vagões repletos de coisas ignoradas. O olho do trem, ciclope de ferro, varre a escuridão à sua frente. E a cada passagem descem as cancelas ao som do seu apito escandaloso, como se quisesse alertar os mais surdos ou, quem sabe, desencorajar os suicidas. Segue o trem, o último vagão desaparecendo sob o arco da ponte. Meu olhar desengatado fica sobre os trilhos.
4 comentários:
é... sobre os trilhos, sem viajar?
Tudo aqui é muito bom! Linkarei esse blog aos meus favoritos. Abração.
Sim, Angela. Viajando, sempre.
A Marina mandou um beijo.
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Dalva,
Bom ter gostado. Fico feliz em receber sua visita. Volte mais vezes.
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Abraços
do Gorj
Puxa, só li agora, mas bem que senti, de repente, um beijo novo como asinhas de borboleta. Adorei!
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