Levou à orelha o búzio encontrado na praia deserta. Custou a crer no que ouvia: em vez de marulho, o barulho de buzinas, agravado pelo ronco de motores. Ainda não havia reparado no mar. Ondas oleosas tingiam de luto a areia, sobre a qual depositavam peixes mortos e criaturas agonizantes. A brisa fedia a gasolina. No céu, brilhava o sol. Vermelho como a luz de um semáforo.
[wgorj]
2 comentários:
Muito bom, gostei muito mesmo!
do conto, nem um pouco deste futuro próximo.
Muito bons os seus minicontos. Você domina a técnica.
Abs. do
PARREIRA
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