- Que tal se fossemos à minha casa?
O convite partiu dela. Não que fosse leviana, mas o álcool a tornava temerária.
E pervertida. No táxi, parecia esquecer a presença do motorista, de tanto tesão que estava. Por pouco não transaram ali mesmo, no banco traseiro. Ainda bem que chegaram logo.
Na sala, afoitos, atracaram-se. E aos beijos e amassos, ela o conduziu para o quarto, onde se jogaram na cama, enroscando-se, apalpando-se às pressas.
Usando o cinto, ele prendou-lhe os pulsos e amarrou-a na cabeceira. Ela, excitada, deixou-se amordaçar, não fosse acordar a vizinhança. "Esta transa ficará marcada", ele sussurrou-lhe ao ouvido. "Hmm!", ela fechou os olhos, já antegozando as delícias da excitante promessa.
Mas, ao tornar a abri-los, o tesão espatifou-se ante o horror da cena à sua frente. Ele havia se despido e exibia um corpo repleto de cicatrizes.
De repente, surgiu em sua mão o terrível objeto.
Malicioso, o estilete pôs para fora a sua língua.
Sádica língua.
2 comentários:
mais um sado masoquista! sensualidade de menos!
Caramba,essa assustou!
Viu meu poema na Antologia? O que achou? bjs
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