O sol espreguiçava-se sobre a linha do horizonte. Na areia um homem dormia pesadamente, enquanto o mar lambia a sola dos seus pés como se fosse um cão amigo.
Sua barriga desnuda subia e descia em perfeita sintonia com o tranquilo vai-e-vem das ondas.
Apenas de jeans, barbas compridas e tão brancas quanto os cabelos, o estranho tinha um quê de mistério, enigmático.
Quem seria?
Pelo aspecto caricato, tanto podia ser Papai Noel como Deus, quem sabe ali curtindo umas férias de verão. Ou, simplesmente, um vagabundo qualquer, recuperando-se de outro porre.
Fosse quem fosse, dele não ousei me aproximar.
O mar rosnava para mim.
[GORJ] ___In: Minicontos à beira-mar - Livre Pensar Literário (NOVA COLETÂNEA ED. SUPREMA).
2 comentários:
Uma atitude prudente hehehe.
Afinal, nunca se sabe.
Mais uma de suas felizes idéias!
Quem sabe Posídon trocou seus cavalos por cães?
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