Comemoravam o Natal. Eis então que escutam palmas.
– Quem será?
O anfitrião saiu para ver e encontrou um homem ao portão (a julgar pelo aspecto, só podia ser um andarilho).
– O que deseja?
– Vim tomar parte da festa – respondeu o estranho com a maior naturalidade.
– Parte?
– Por que não? Nada mais justo. Afinal, o aniversariante sou eu.
O dono da casa olhou-o com pena. “O sujeito é maluco”, pensou. E depois, querendo tirar proveito da situação, provocou-o:
– É mesmo? Então me prove.
– Tens pouca fé.
– Café? Tenho, sim.
– Não quero café. Traga-me pão!
– Ah, já entendi. Você vai multiplicá-lo...
– Duvida?!
“Que estratégia desnecessária para matar a fome”, tornou a pensar. “Bastasse pedir, ora!”.
E sarcástico:
– Espere aí, Jesus. Volto logo.
Segundos depois, voltou trazendo algo melhor.
– Não temos pão.
E com um riso debochado, entregou o panetone.
– Agora o senhor faça o favor de multiplicá-lo em outro lugar.
Dito isso, deu as costas ao desconhecido e retornou para junto dos convidados.
A comemoração seguiu noite adentro.
Quando o primeiro conviva deixou à festa, mal acreditou em que seus olhos viam. Não havia por onde sair. Empilhados na calçada, milhares de panetones isolavam aquela casa.
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– Quem será?
O anfitrião saiu para ver e encontrou um homem ao portão (a julgar pelo aspecto, só podia ser um andarilho).
– O que deseja?
– Vim tomar parte da festa – respondeu o estranho com a maior naturalidade.
– Parte?
– Por que não? Nada mais justo. Afinal, o aniversariante sou eu.
O dono da casa olhou-o com pena. “O sujeito é maluco”, pensou. E depois, querendo tirar proveito da situação, provocou-o:
– É mesmo? Então me prove.
– Tens pouca fé.
– Café? Tenho, sim.
– Não quero café. Traga-me pão!
– Ah, já entendi. Você vai multiplicá-lo...
– Duvida?!
“Que estratégia desnecessária para matar a fome”, tornou a pensar. “Bastasse pedir, ora!”.
E sarcástico:
– Espere aí, Jesus. Volto logo.
Segundos depois, voltou trazendo algo melhor.
– Não temos pão.
E com um riso debochado, entregou o panetone.
– Agora o senhor faça o favor de multiplicá-lo em outro lugar.
Dito isso, deu as costas ao desconhecido e retornou para junto dos convidados.
A comemoração seguiu noite adentro.
Quando o primeiro conviva deixou à festa, mal acreditou em que seus olhos viam. Não havia por onde sair. Empilhados na calçada, milhares de panetones isolavam aquela casa.
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[ gORj ]
2 comentários:
Interessante... amo panetone, podia ser por aqui!
A religiosidade está em alta como inspiração? ou é impressão minha?
Pode ser, Angela.
Também gosto de panetone. Tanto quanto gosto de seus comentários.
Obrigado.
W.G.
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