sexta-feira, 23 de abril de 2010

RASTRO


Conversavam na cozinha. Súbito, a patroa ouve da boca da empregada algo que a sobressalta, uma opinião irreverente e original cuja inteligência não condizia com o limitado intelecto da moça. “Esse ponto de vista não me é estranho”, pensou cismada. E olhando para a cabeça da outra, muito bela por sinal, obteve dali a revelação. “Ah, agora compreendo”, deduziu a patroa. “Isso só pode ser obra do meu marido”. Certamente ele havia passado por aquela mente tacanha e deixado de presente aquele pensamento peculiar.
Mas, tão logo a mulher pensou nisso, o ciúme pariu a dúvida: teria o marido passado somente por ali?
[gORj]

Um comentário:

Angela disse...

alguns contos impregnados de erotismo e seus derivados...